Saudade

segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Se te procuro sempre onde passo
Buscando entre os rostos o teu,
E o meu senso que se perdeu
Então que esteja em ti o meu traço

Que ouças a cada segundo meu grito
De louco pedido de socorro
Porque se não apareces, morro
De saudades no peito aflito

Que sintas como eu, que de tanto precisar-te
Com os olhos vidrados, perdida
Que contigo deixei minha vida
E não existo se dela partes

E este é um sentir de quase vingança.
Se estou a desfalecer por não ver-te
Junto à presença da ausência restante
Que estejas então tu também nesta ânsia.


"Meu amor, nunca te ausentes de mim, para que eu viva em paz..." Chico Buarque

Por: Ana Carolina de Assis

5 comentários:

Renato Junqueira disse...

Então, como já lhe disse virtualmente, o texto está muito bem escrito, parabéns! Viu? Rimar é legal! E como também já falei, não consigo deixar de imaginar uma bossa nova ao lê-la hahhahahhaa, ana byroniana detected! Renda-se logo ao mal do século hahahhahahha! Bj!

P.S.: Só para citar nosso mestre Lord Byron: "Eu tive um sonho que não era completamente um sonho..." hahhahahah foooora do contexto, mas não me lembro de outra frase agora hahahhahha, fui!

Equipe Controle Remoto! disse...

Como te disse, é o texto teu que mais me agradou. Porque me afetou - ou seja, passou afeto. Incomodou de verdade...cheguei a sentir a agonia pela distância. E é ótimo quando a distância aproxima; Aprendi isso, tem muito tempo, não!haha


Geralmente, fico perdido em dar "parabéns", mas desta vez não tenho dúvida: Parabéns MESMO!

Equipe Controle Remoto! disse...

Obs. não muito avulsa(como é de costume): Eu comentei UM MINUTO depois do Renato!haha...=P

Jonathan Mendonça disse...

A eterna busca (sempre ela). E a eterna saudade. A falta de uma bússola que nos guie pelos labirintos do amor, ou a existência de um radar desnorteado, desorientado pelas frequências sentimentais confusas e semifusas! Na dor mais aguda do grito desesperado de uma clarineta a única esperança: haverá um ouvido para o grito. E dentro da cabeça do ouvinte o grito se repetirá como se ele mesmo gritasse. A música... o amor... a saudade! Um sentimento de quase vingança! Que grite o amado como a clarineta. Que chore o ouvinte como o amante!

Rogério D Lima disse...

Maninhaaaaaaaaaa!!!Que Lindo!Muito show, amiga.Estou com muitas saudades, não consigo mais lhe falar ao msn.Aff!Bom, beijos e se cuida, viu?Deus te abençoe.Tchau!