Traduzindo o Silêncio

terça-feira, 5 de agosto de 2008
Meu amor, de mim nada mais sei, só sei de ti: que a ti quero tanto... Tanto que ao fitar o infinito que preenche os olhos teus, perdi a fala; assim não pude confessar-te a angústia que me acomete por causa tua.

Ora, é do tipo romântica, então? Como nunca pude perceber? Por trás desses olhos escuros e questionadores, uma mulher apaixonada vive! O que mais me surpreende é que seja apaixonada por mim... quem diria! Uma mulher tão inteligente e cheia de argumentos, apaixonando-se por alguém como eu, um reles mortal que nunca irá atingir um décimo de sua inteligência; que nunca conseguirá falar coisas bonitas como essas e nem mesmo me declarar apropriadamente... na falta de palavras melhores, é com simplicidade que digo: Te amo! (Ou seria “Amo-te”? Desculpe, nunca prestei muita atenção nas aulas de português...)

Pois saiba que por ti perdi noites inteiras, na ansiedade de te ver novamente. Não sabes o quanto és grandioso em tua simplicidade. Encantas-me e alegras os meus dias, fazendo-me crer que a felicidade está a um passo de nós. Amo-te pelo que és, por tua essência e por ter-me devolvido a cor à vida.

A partir do momento em que coloquei os olhos em você, tudo dentro de mim pareceu mudar: nasceu uma necessidade de me fazer interessante a você. A minha sorte com mulheres me fez perceber que nunca fui o tipo belo, mas sempre usei de artifícios para conquistá-las (artifícios baratos, diga-se de passagem). Mas não com você. Não consigo fazer nenhuma piada quando você está entre os ouvintes. São péssimas, e você não gostaria delas. As palavras param na minha garganta e voltam ao seu lugar de origem. E, enquanto elas não tomam coragem para sair, uso essas letras silenciosas para expressar o meu amor.

Por muitas vezes falei sobre o amorPalavras vazias para mim, baseadas no que ouvi por aí. Ao te ver, tudo o que eu disse até hoje fez todo o sentido. A alegria que sinto é incomensurável. Estranhamente, ao te encontrar, encontrei-me. E agora estou plena.

Suas palavras me fazem refletir sobre quem sou. Sabe, é uma coisa estranha. Parece sempre que sou um outro alguém quando penso em você. Gosto desse novo eu. E ele gosta de você. É exatamente igual a mim, só que... melhor. Ele não raciocina friamente. Não toma paixões por códigos binários nem sonhos por simples distúrbios da psique humana. O novo eu é bom. Ele ama. Ele ama você.Ora, vamos nos esquecer das palavras por um momento? Elas são prolixas demais! Sejamos silêncio. Deixemos a paixão falar.

Por: Ana Carolina de Assis & Lucas L. Rocha

4 comentários:

Livinha disse...

Que isso, hein?! Lucas intrometidão! Ahauhauiahuha

Beeelo, crianças! Belo!
Dá até pra concluir que "a paixão os pegou! Tentaram escapar mas não conseguiiiram..." (não entre vcs dois, mas individualmente, entendem?! Hahauihauhaa)

Melo G. disse...

Alguém perdeu um lápis?


Os sentimentos se afloram e se limitão...
Amor banal...
Pecão pela incompreenção...

vejo você.
\o_

Ana Luísa Guimarães disse...

Ah, muito bonito.
Parabéns, vocês.
(:

Renato Junqueira disse...

Incrível, perfeita sintonia a ponto de, mesmo não conhecendo os textos de Lucas, me deixar sem saber quem escreveu cada parte,parabéns!!! E adorei o fato de ter uma espécie de enredo, pelo que entendi é um casal se declarando mutuamente, muito maneiro! Parabéns...de novo!!! Hahhaha...ovo, isso me lembra uma rima "Pqp meu gato pôs um ovo, mas gato não põe ovo, pqp de novo!"(fonte: Lívia Pereira Rezende) hhahaha, bj!