Li vro desconexo

domingo, 14 de dezembro de 2008
Sem começo definido ou planejado minuciosamente como a maioria dos outros, apareceu ao acaso, sem nenhum aviso, um verdadeiro choque.
A protagonista encontra-se agora bem no meio dele, sem saber ao certo como agir, sem ter decorado muito bem as falas, sem saber o que o autor espera dela...Onde já se viu uma personagem que não se deixa levar pelo enredo? Ela deve estar enlouquecendo mesmo...
Incrível e incessantemente ela tentava comunicar-se com ele. É claro que havia algumas esparsas respostas, mas nada fazia muito sentido até então...
O fim precipitava-se por sobre a face da história, mas logo afastava-se, como uma nuvem que nem chegou a derramar sua chuva. E o livro ia tornando-se árido, até que as torrenciais lágrimas da protagonista encharcaram-no, uma angústia tão fértil que adubou o solo.
Então apareceu um único raio de sol, finalmente. E as orquídeas enfim brotaram naquele chão agora verde.
Ela olhou à sua volta, pensou em novamente questionar o autor... Como podia a sua dor deixar tudo tão lindo?
Mas espere... Era tudo tão, mas tão lindo que ela desistiu das perguntas, não pôde conter o sorriso de pura alegria.
Deitando-se na grama percebeu sua tolice e resolveu abandoná-la e esperar para ver o seu final tomar forma na bela caligrafia do escritor.
Sem dúvida um enredo tão caótico em seu início não renderia-se tão facilmente a um fim racional. Sem perceber, o autor gerou vida e agora a vida estendia-se por si só, imensamente maior e mais confusa do que o imaginável...FIM

"Quanto mais se ama, menos sentido tem a sua história..." - Stephenie Meyer

Por: Ana Carolina de Assis

P.S.: Queridos leitores, perdoem-nos a demora, mas a vida real é mesmo um caos, vocês sabem... Prometemos tentar não abando nar nosso querido blog por tanto tempo. Abraços, AC.

4 comentários:

Ana Carolina de Assis; Julya Tavares. disse...

Ora, ora... nós duas fazemos parte da obra literária do mesmo autor. Que lindo, não?
JT (:

Renato Junqueira disse...

Olha, esse comentário da Julya me deixa meio assustado, mas vou relevar...sobre o texto...o cúmulo da metalinguística, fazer uma literatura q fale do "fazer literatura"...(cara de impressionado aumentando o lábio inferior do tipo "q isso hiem neim?!")hahhahahahhah! Parabéns, bj!

Virginia disse...

Ana..cada rara vez que venho aqui você me surpreende, lendo esse desabafo, nossa...o sentimento de compreensão(ninguém vai entender, só você e eu)..obrigada

Melo G. disse...

Então fez-se o caos. Iniciado em um pensamento da mais pura sanidade. A incoerencia o abraça e de mãos dadas segue o mesmo caminho. Que lindos são aqueles que a ninguem devem e de mãos dadas caminha para um futuro incerto.
=**
ps: gsotei do texto... xD
pps: inspirante.