Iniciamente, comparável a todas as outras, porém mantinha uma peculiaridade que jamais seria percebida, se não estudada com bastante atenção e inteligência. Era de uma beleza intrigante, sensível e ao mesmo tempo rígida, como uma fortaleza inatingível e única, a qual o oceano e tudo que a rodeava dançava uma coreografia de reverência e admiração. Mas ela preservava-se seca, cálida, ávida.
Observá-la era irresistível e fascinante. Aquela parecia-me a mais bela e delicada flor que meus olhos tinham tocado, e o ser mais indecifrável também. Com todas aquelas pétalas detalhadamente desenhadas, assemelhava-se a uma pintura romântica que jamais seria reproduzida novamente. Seu tom era formado de misturas indefinidas e traziam consigo uma luminosidade intensa e fragmentada, como diamantes estilhaçados, lançados ao vento; palavras soltas, negligentes ao destino.
E de tanta beleza e encanto, fez-se sobressalente ao que tornou-se insuficiente. Era como a atriz principal de um espetáculo composto de diferentes personagens e uma única intérprete. Ela mostrou-me o caminho das rosas, ainda que os espinhos fizessem parte essencial delas; fez de si mesma um jardim intocável e solitário, onde convidou-me para ser parte si. Fez-se a contra-mão da minha estrada de mão única, a volta de um trajeto que eu não pretendia retornar, o outro pedaço do caminho que eu não queria percorrer. A metade de tudo que sou. A metade de mim.
Oh, metade adorada de mim... ♪
Julya Tavares
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5 comentários:
Colorido. Cinza. Ensolarado. Chuvoso.
Sem estrelas. Iluminado...
Não importa o tempo.
Atravesso os dias te amando.
Lindo e perfeito! Bjos Aninha.
Oi Rogério, esse texto não é da Ana,é meu.
De qualquer forma, obrigada pelo elogio. (:
ASS: Julya Tavares.
Ei, Desculpa!Mas você está de parabéns, também.Achei show!
Tchau
Deu saudade desse aqui *-*
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